sexta-feira, 15 de maio de 2009

Maya - Para além da ilusão


Esta é a única distinção entre o sonho e o real: a realidade permite-lhe duvidar e o sonho não lhe permite duvidar... Assim, as religiões comportam-se como inimigas, porque podam as próprias raízes da dúvida; e existe uma razão para que elas ajam assim: elas querem que as pessoas acreditem em determinadas ilusões que elas vivem pregando... Por que motivo pessoas como o Buda Gautama têm insistido tanto em que a existência inteira é efêmera, feita do mesmo material de que são feitos os sonhos? Elas não estão afirmando que aquelas árvores não se encontram ali. Não estão dizendo que aqueles pilares não estão lá. Não entenda mal por causa da palavra "ilusão" (maya)... A palavra foi traduzida como "ilusão", mas "ilusão" não é a palavra certa. Ilusão é algo que não existe. A realidade existe. "Maya" fica exactamente entre as duas - algo que quase-existe. No que diz respeito a actividades do dia-a-dia, Maya pode ser tomado como realidade. Apenas no seu sentido máximo - a partir do ápice da sua iluminação -, as coisas se revelam irreais, ilusórias.

3 comentários:

  1. Este texto é mais complicado!
    Muito do que vivemos não é mesmo real e
    acredito que é fruto da nossa imaginação. São as pessoas que imaginam...por exemplo o sofrimento e a solidão.Tudo se passa a nível de espírito e é lá que vamos saber distinguir o que é real ou não.
    Claro que a nível externo tudo nos parece real....
    Os sonhos são sempre reais, estamos sempre lá, porque tudo se passa a nível do espírito.

    Fausto, faça lá o seu comentário...fico à espera!
    Muita paz e luz

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  2. Costumamos dizer que real é o que percebemos com os nossos sentidos quando estamos acordados. Por outro lado também aceitamos coisas que não vemos. Nós não vemos as ondas electromagnéticas, mas percebemos as suas consequências.
    Enquanto sonhamos, acreditamos que somos esse sonho. Quando acordamos, percebemos que estávamos a dormir, e que tudo não passava de sonho, que não era real. Se, durante o sonho, eu estava triste, quando eu acordo volto a ficar tranquila, porque percebo o que era real. De outra forma, se eu tenho sonhos bons, quando acordo fico a desejr que esse sonho seja real.
    O sonho não é real, porque não é feito, nem de matéria nem de energia.
    O sonho e o real são jogos da consciência. Na sua essência são eventos que ocorrem na consciência.

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  3. Aqui a palavra Maya tem duplo sentido, na vivência do dia pode-se chamar realidade, mas na realidade última, na verdadeira essência (da realidade) ela é ilusória, é da natureza dos sonhos, que se pode lembrar deles, mas não passam de imagens que se desvanecem, tal como os sonhos. Abraços e muita Paz.

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