quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A atenção faz a diferença


O ponto fundamental não é a técnica de meditação. O ponto fundamental é praticá-la com consciência. Qualquer método será de grande ajuda se for praticado com atenção. A questão real é a atenção; a técnica de meditação é apenas uma desculpa para ela. Por exemplo, alguém pode simplesmente ficar repetindo o nome de Deus. Se ele estiver repetindo feito um papagaio, isto não terá valor algum. Ao contrário, isto poderá lhe ser danoso, porque repetir uma coisa, todos os dias, feito um papagaio, fará com que você fique igual a um zumbi, um robô. Você começará a perder o seu brilho, a sua luminosidade, sua inteligência; você se tornará mais e mais sonolento, cheio de sonhos. Mas existem muitas pessoas estúpidas que acham que aqueles sonhos são grandes visões espirituais. Eles não são. Você pode até sonhar com Deus, mas é apenas um sonho como todos os sonhos. Você pode sonhar com grandes experiências – com a luz e com a kundalini subindo – mas eles são apenas sonhos. Todas essas experiências são sonhos; experiências como essas são sonhos. A questão real é mudar a ênfase da experiência para o experienciador. Toda a gestalt tem que mudar do objetivo para o subjetivo. Assim, se alguém está repetindo um mantra com total consciência daquilo que está fazendo, ou seja, cada vez que ele repete o mantra, ele se mantém alerta e o faz com atenção, permanecendo uma testemunha, então esse mantra o ajudará. E não interessa se ele repete ‘Alá’ ou ‘Rama’ ou ‘Cristo’, isto pouco importa. Você pode repetir o seu próprio nome e será a mesma coisa. Você pode repetir qualquer coisa absurda e será a mesma coisa. O ponto é: você está repetindo com atenção? Esta atenção tem que ser criada. Isto é apenas um dispositivo para mantê-lo com atenção. A pessoa pode caminhar e o seu caminhar pode tornar-se uma meditação. A pessoa pode comer e o seu comer pode tornar-se uma meditação.

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