sábado, 1 de agosto de 2009

Medo de se expor


Quem não fica? Expor-se cria um grande medo. É natural, porque expor-se significa expor todo o lixo que você carrega em sua mente, o lixo que tem sido amontoado por séculos, por muitas vidas. Expor a si mesmo significa expor todas as suas fraquezas, limitações, falhas. Expor-se significa, por fim, expor sua vulnerabilidade. Morte... Expor a si mesmo significa expor o seu vazio. Por trás de todo esse lixo e barulho da mente existe uma dimensão de completo vazio. Sem Deus a pessoa é oca, é um simples vazio e nada, sem Deus. Ela quer esconder essa nudez, esse vazio, essa fealdade. Então ela cobre isso com belas flores e decora essa cobertura. Ela pelo menos finge que é alguma coisa, que é alguém. E isso não é algo pessoal para você. Isso é universal. Esse é o caso de todo mundo. Ninguém consegue ser como um livro aberto. O medo toma conta: "O que as pessoas pensarão de mim?" Desde a sua infância foi-lhe ensinado a usar máscaras, belas máscaras. Não há necessidade de se ter uma bela face, só uma bela máscara é o bastante, e a máscara é barata. É árduo transformar a sua face, mas pintá-la é muito simples. Agora, de repente, expor a sua face verdadeira lhe dá um arrepio no mais profundo centro do seu ser. Uma tremedeira surge: as pessoas gostarão disso? As pessoas irão aceitá-lo, as pessoas continuarão a amá-lo e respeitá-lo? Quem sabe? Porque eles amavam a sua máscara, eles respeitavam o seu carácter, eles glorificavam o seu vestuário. Agora o medo aparece. "Se eu, de repente, ficar nu, eles irão continuar a me amar, a me respeitar, a me valorizar, ou todos eles irão fugir para longe de mim? Eles podem retornar para seus caminhos e eu posso ficar só." As pessoas, então, seguem representando. Devido ao medo há o fingimento, devido ao medo todas as falsidades. Para ser autêntica, a pessoa precisa não ter medo.

5 comentários:

  1. Jóvem Amigo,

    Sou autentica...mesmo.
    Não sei ser de uma outra forma.
    Por isso...sou muitas vezes imcompreendida e... enganada.
    Não consigo aprender... e ser de outra forma.
    Paciência sou o que sou.
    Mer

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  2. A transparencia do ser é sentida.
    Abraço

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  3. Quando deixamos cair as máscaras, a nossa verdadeira identidade se revela, autêntica transparente, e lúcida como disseram. Mas como vivemos em sociedade e queremos ser aceites, por vezes as máscaras vêm ao de cima. A nossa exposição pode ser muito libertadora, ou muito repressora depende é da consciência de cada um, abraços e muita paz.

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  4. É preciso deixar cair a máscara para vivermos sempre em paz. Parabéns pelo seu blog. Vou estar sempre passando por aqui. Abraços fraternos.

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  5. Amigo,

    Volto...Acho que no meu caso acabo por ser repressora...por querer tudo tão transparente exigo transparência...do(s) outro(s)...e se querer reprimo os outros convido-os a tirarem a sua, deles...máscara...
    Está muito complicada esta explicação!!!
    Gosto de passar por aqui...permite-me conhecer-me e aprender...ainda mais com este jóvem...que me merece todo o respeito.
    Desocupado...porquê? senão fôr cusquice a mais...
    Abraço,
    Mer

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