O problema da angústia humana está todo contido no problema da humilhação. Curar-se da angústia é livrar-se de toda possibilidade de humilhação. De onde vem essa humilhação? De me ver impotente? Não; isso não é suficiente. Ela deriva da minha vã tentativa de não perceber a minha impotência real. Não é a impotência em si que faz a humilhação, mas o impacto sofrido pela minha pretensão à omnipotência quando ela entra em choque com a realidade das coisas. Eu não me sinto humilhado porque o mundo exterior me nega, mas pelo malogro do meu empenho em aniquilar essa negação. A verdadeira causa da minha angústia não está nunca no mundo exterior: ela está somente na reivindicação que lanço para fora e que se esfacela de encontro ao muro da realidade. Estou errado quando me queixo de que o muro se tenha desmoronado sobre mim e me tenha ferido; eu é que me feri esbarrando nele; foi o meu próprio movimento que provocou o meu sofrimento. Quando eu deixar de pretender, nunca mais nada há de me ferir.
Posso também dizer que a minha angústia-humilhação expressa a lancinante dor de um conflito interior entre a minha tendência de me ver todo-poderoso e a minha tendência de reconhecer a realidade concreta na qual é negada a minha omnipotência. Fico angustiado-humilhado quando me sinto dividido entre a minha pretensão subjectiva e a minha constatação objectiva, entre a minha mentira e a minha verdade, entre a minha representação parcial e a imparcial da minha situação no Universo. Só estarei a salvo da ameaça permanente da angústia quando a minha objectividade houver triunfado da minha subjectividade; quando, em mim, a realidade houver triunfado do sonho.
Posso também dizer que a minha angústia-humilhação expressa a lancinante dor de um conflito interior entre a minha tendência de me ver todo-poderoso e a minha tendência de reconhecer a realidade concreta na qual é negada a minha omnipotência. Fico angustiado-humilhado quando me sinto dividido entre a minha pretensão subjectiva e a minha constatação objectiva, entre a minha mentira e a minha verdade, entre a minha representação parcial e a imparcial da minha situação no Universo. Só estarei a salvo da ameaça permanente da angústia quando a minha objectividade houver triunfado da minha subjectividade; quando, em mim, a realidade houver triunfado do sonho.
Só tirar uma palavra do dicionário MEDO sem ela tudo fica mais fácil de ser resolvido...bem devagar...
ResponderEliminaré bem verdade, como as palavras podem assumir padrões físicos, e quase reais, paz ...
ResponderEliminar