sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Simplicidade


Às vezes acontece você sentir-se integrado, em algum raro momento. Observe o oceano por exemplo, no seu espírito indomável - de repente você esquece a sua divisão interior, a sua esquizofrenia: e você relaxa. Ou então, andando pelos Himalaias, contemplando a neve virgem nos picos das montanhas, de repente uma calma o envolve e você não precisa de ser falso, porque não há ali nenhum outro ser humano para o qual representar. Você se re-integra. Ou ainda, ouvindo boa música, você se sente integrado. Sempre que, em qualquer situação, você se torna uno, uma paz, uma felicidade, uma bênção o envolvem, brotam dentro de si. Você se pode sentir preenchido. Não há necessidade de ficar à espera por esses momentos - eles podem transformar-se na sua maneira natural de viver. Esses momentos extraordinários podem transformar-se em momentos comuns - este é todo o esforço do Zen. É possível viver uma vida extraordinária dentro dos limites de uma vida bastante comum: cortando árvores, rachando lenha, tirando água do poço, é possível estar extremamente à vontade consigo mesmo. A limpar o chão, a preparar a comida, a lavar a roupa, você pode estar perfeitamente à vontade - porque a questão toda é de você actuar com todo o seu ser, desfrutando, e realizando-se no que faz.

4 comentários:

  1. Poxa, vida! Essas últimas postagens tem respondido ao que venho buscando no momento. Por amor, continue, quero saber mais.

    Bj na alma.

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  2. é sempre bom ouvir este som....continue a canção.

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  3. A complexidade da vida está nas coisas simples.
    É na simplicidade que somos verdadeiros e tiramos a nossas máscaras muitas vezes necessários na luta diária.
    Um grande abraço
    Juli

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