quinta-feira, 8 de abril de 2010

Use o seu nome como um mantra.


Entre no som do seu nome e, por meio deste som, em todos os sons.
O seu próprio nome pode-se usar como um mantra muito facilmente, e é muito útil, porque o seu nome entrou muito profundamente no seu inconsciente. Nenhuma outra coisa entrou tão profundamente. Se estivermos todos sentados aqui, e todos dormimos e chega alguém e diz «Ramo», ninguém escutará excepto a pessoa que se chame Ramo. Ele o escutará; o seu sonho se alterará. Ninguém mais escutará o som “Ramo”, mas por que escuta este homem? Entrou muito profundamente; já não é algo consciente, tornou-se inconsciente.
O seu nome entrou muito profundamente em si, mas há um fenómeno muito belo a respeito ao seu nome: você nunca lhe chama isso; outros lhe chamam isso. Outros o usam; você nunca o usa.
Ouvi (Osho) que na Primeira guerra mundial se criou o racionamento pela primeira vez nos Estados Unidos. Thomas Edison era um grande cientista, mas era muito pobre, assim teve que ficar na cauda para obter a sua cartilha de racionamento. E era um homem tão eminente que ninguém usava nunca o seu nome perante ele. Não precisava usar o seu nome para si mesmo, e ninguém mais usava o seu nome porque era muito respeitado. Todos o chamavam «Professor», assim se tinha esquecido como se chamava.
Estava na cauda, e quando disseram o seu nome, quando perguntaram quem era Thomas Edison, ficou em branco. Voltaram a dizer o nome, e então alguém, vizinho do Edison, disse-lhe: «por que é que fica parado? Estão a dizer o seu nome. É o seu nome, Professor.»
Então se deu conta e disse: «Mas como vou reconhecer o nome ? Nunca ninguém me chama Edison. Faz já tanto tempo ... Simplesmente me chamam de Professor.»
Você nunca usa o seu próprio nome. Só outros o usam: você ouve-o usado pelos outros. Mas entrou muito profundamente. Penetrou como uma flecha no seu inconsciente. Se você o usar mesmo, converte-se num mantra. E ajuda por duas razões: uma, quando usa o seu próprio nome, se lhe chamar «Ramo» e usa «Ramo, Ramo, Ramo...», de repente parece-lhe que se está a usar o nome de outra pessoa: como se não fora o seu. Ou se lhe parece que é o seu, sente que há uma entidade
separada dentro de si, que o está a usar. Pode ser que pertença ao corpo, pode ser que pertença à mente, mas o que está a dizer «Ramo, Ramo...» você volta-se como uma testemunha. Sempre se há dito os nomes de outros. Quando se diz o seu próprio nome parece-se como se pertencesse a outra pessoa, não a si, e isto é um fenómeno muito revelador. Pode-se voltar uma testemunha do seu próprio nome, e toda sua vida está relacionada com o seu nome.

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