segunda-feira, 31 de maio de 2010

Stress e meditação



Hans Selye indica a necessidade de uma "terapia de stress", que agiria de forma preventiva, favorecendo o organismo como um todo e não apenas actuando contra a causa da doença ou aliviando um sintoma específico. O padrão de reacção ao stress que verifiquei (D.Goleman) entre os que meditam regularmente revela que essas pessoas se tornam ao mesmo tempo mais alertas e serenas em resposta a ameaças e se recuperam mais rapidamente. Se considerarmos que a fase de recuperação do stress é a chave para os sintomas de ansiedade cronica e desordens psicossomáticas, verificamos que a meditação pode funcionar como uma terapia tanto no nível psicológico como no puramente somático, facilitando uma recuperação mais rápida de situações stressantes. Como tal, a meditação mostra-se um auxiliar útil para qualquer psicoterapia.
Outros processos de meditação podem coincidir com aspectos de terapia.
Por exemplo, quando a pessoa que medita volta a atenção para o seu interior, ela se torna mais consciente dos pensamentos, sensações e estados que emergem espontâneamente. Como ela está em relaxamento profundo, todo o conteúdo da sua mente pode ser visto como o conjunto de uma "hierarquia dessensibilizada". Essa hierarquia não se limita aos itens que o terapeuta e o paciente identificaram como problemáticos, mas se estende a todas as preocupações da vida do paciente, a tudo o que está na sua mente. Nesse sentido, a meditação pode ser uma autodessensibilização completa e bastante natural.

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