sexta-feira, 29 de maio de 2009

Enfrentar o desconhecido


Para cumprir o seu destino, é preciso grande coragem, é preciso destemor. As pessoas que estão cheias de medo não conseguem ir além do conhecido. O conhecido dá uma espécie de conforto, de segurança, porque é conhecido. A pessoa está perfeitamente ciente, ela sabe como lidar com o conhecido e mesmo assim continuar a lidar com ele – não é preciso que esteja acordada; essa é a conveniência do conhecido.
No momento que você cruza a fronteira do desconhecido, o medo desponta, porque agora você será ignorante, agora não saberá o que fazer, o que não fazer. Agora não estará tão seguro de si; erros podem ser cometidos; você poderá perder. Esse é o medo que faz com que as pessoas se prendam ao conhecido e, uma vez que ela esteja presa ao conhecido, ela está morta.
A vida só pode ser vivida perigosamente – não existe outro jeito de vivê-la. É por medo do perigo que a vida atinge a maturidade, que ela cresce. A pessoa precisa ser aventureira, estar sempre pronta para pôr em risco o conhecido em favor do desconhecido. E, uma vez que ela prove os prazeres da liberdade e do destemor, nunca se arrependerá, pois então saberá o que significa viver intensamente. Então ela saberá o que significa viver desregradamente. E um único instante dessa intensidade já é mais gratificante do que toda uma eternidade vivendo uma vida medíocre.

5 comentários:

  1. Adoro essa frase do Osho, viver perigosamente...

    Tenho ele em mente e tento executá-la o máximo que posso. Sair do conforto do já visto e experimentar coisas diferentes.

    Abraços1

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  2. É sempre um desafio e aventura o desconhecido, mas o desconhecido faz-nos sempre mais capazes de gozar a vida, não há nada como nos superarmos a nós próprios, é libertador. Paz.

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  3. Com medo nunca saberemos se os passos que não demos nos levariam a conquistar a tão desejada liberdade. Viver arriscando é a melhor maneira de se aprender e evoluir. Sempre que uma escolha não der certo há sempre possibilidades de fazer uma outra escolha. Este texto de Osho é maravilhoso...
    Um abraço e muita paz.

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  4. Discordo em muito que o desconhecido seja o mote do texto publicado, como me parece estar a ser interpretado nos comentários. O mote do texto é o medo, e isso é muito diferente de desconhecido. O medo é um instinto muito primário, que desde tempos remotos, está associado à sobrevivência. Actualmente, essa questão de sobrevivência pode não se colocar quando o medo surge, ou pode até haver algo desconhecido na aventura. O qua há a fazer é mentalizar o medo, transformá-lo em risco e ponderar o benefício de agir, se porventura o risco for demasiado grande. O oposto também é fraco. Não agir por um risco ínfimo é tolice.

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  5. Aqui o mote do texto acho que acaba por ser o medo de enfrentar o desconhecido, ou situações por que nunca passámos, que são por vezes paralizantes, no meu entender, R.F.: Obrigado pelo comentário, é sempre bom ouvir opiniões mais profundas, Paz a todos, e um bom fim-de-semana.

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