domingo, 2 de agosto de 2009

O valor de um desejo


Mullá Nasrudin tinha um búfalo, cujos chifres eram bem afastados um do outro. Sempre imaginava que, caso conseguisse instalar-se entre eles, seria exactamente como estar sentado num trono.
Um dia, o animal sentou-se bem próximo, e a coisa mais simples do mundo seria acomodar-se entre os chifres. Nasrudin não pôde resistir à tentação. O búfalo, quase de imediato, levantou-se e jogou-o longe. A sua mulher, ao encontrá-lo desmaiado no chão, começou a chorar.
"Não chore", disse Nasrudin assim que voltou a si.
"Tive meu sofrimento, mas ao menos realizei também o meu desejo."

6 comentários:

  1. Verdade, às vezes um prazer pode gerar uma dor, mas com consciência, não reclamamos, miramos no que queríamos e o preço baixa!
    Abraços!

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  2. Amigo,

    É verdade... Há um ditado popular..."Vale mais um gosto, que três vinténs" ou actualmente...que 3 cêntimos.

    Gostei,
    Mer

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  3. Olá Fausto,

    É a primeira visita ao seu blog e senti-me em casa.

    OM SHANTI,

    Clo

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  4. O desejo é um prisão. Nunca vamos enxergar como tal, enquanto ele existir em nossa alma. Namaste

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  5. Freud explica o ser desejante. Este Mulla Nasrrudin é uma peça. Obteve o desejo e sofrimento veio junto. Gente, parece que conhecemos bem esta historieta. Familiar, né! Abração Fausto

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