"Parece tão singelo: no começo de um espirro, quando sentir pavor, no meio da ansiedade ou antes da fome ou depois da fome, sei consciente ininterruptamente."
Terá que compreender muitas coisas. Actos muito singelos, como espirrar, podem ser usados como ardis, porque independentemente de quão simples pareçam, são muito complexos, e o mecanismo interno é muito delicado. Sempre que sentir que chega um espirro, ponha-se alerta, e pode ser que o espirro não chegue absolutamente. Pode ser que simplesmente desapareça, porque um espirro é algo involuntário: inconsciente, não voluntário.
Não pode espirrar voluntariamente; não pode forçá-lo. Como vai poder? Que necessitado é o homem! Não pode forçar nem um simples espirro. Não importa como o tente, não pode produzi-lo. Um simples espirro..., um pouco tão pequeno, mas não pode forçá-lo. É involuntário; não é necessária a ebulição. Não acontece por causa da sua mente; é por causa de todo o seu organismo, de todo o seu corpo.
E em segundo lugar, quando te pões alerta, quando está chegando o espirro - não se pode fazer que venha, mas quando estiver a chegar - , se puser alerta, pode ser que não venha, porque está acrescentando algo novo ao processo: o alerta. Pode ser que desapareça, mas quando o espirro desaparece e está alerta, há uma terceira coisa. Primeiro, um espirro é involuntário. Você acrescenta algo novo: o alerta. A energia que ia ser liberada por meio do espirro, onde vai? Vai ao seu alerta, de repente há um flash, um brilho. Volta-te mais alerta. A energia que ia ser jogada com o espirro fica alerta, e de repente te volta mais alerta.
Nesse flash, nesse brilho, inclusive a iluminação é possível. Por isso digo que estas questões são tão simples, que parecem absurdas. A sua promessa parece ser excessiva.
Com apenas espirrar, como vai se poder iluminar-se? Mas espirrar não é só espirrar; está totalmente comprometido nisso. O que faz ou o que te acontece é uma implicação total. Observa de novo: sempre que acontece um espirro, está totalmente nele com todo o seu corpo, toda a sua mente. Não é só em seu nariz onde está acontecendo o espirro; cada fibra, cada célula do seu corpo está implicada nisso. Um subtil tremor, um subtil estremecimento percorre todo o corpo, e com ele todo o corpo se concentra. E quando o espirro aconteceu, todo o corpo se relaxa. Mas é difícil levar o alerta a isso. Se levar a alerta a isso, não acontecerá, e se acontece pode saber que não havia alerta. Por isso deveria estar alerta.
Ao começo de um espirro..., porque se já começou, não se pode fazer nada. A flecha saiu; já não pode trocar nada. O mecanismo começou. A energia está em caminho de ser liberada; não a pode parar. Pode parar um espirro na metade? Como vais poder pará-lo na metade? Para quando estiver preparado, já aconteceu. Não pode pará-lo na metade.
Terá que compreender muitas coisas. Actos muito singelos, como espirrar, podem ser usados como ardis, porque independentemente de quão simples pareçam, são muito complexos, e o mecanismo interno é muito delicado. Sempre que sentir que chega um espirro, ponha-se alerta, e pode ser que o espirro não chegue absolutamente. Pode ser que simplesmente desapareça, porque um espirro é algo involuntário: inconsciente, não voluntário.
Não pode espirrar voluntariamente; não pode forçá-lo. Como vai poder? Que necessitado é o homem! Não pode forçar nem um simples espirro. Não importa como o tente, não pode produzi-lo. Um simples espirro..., um pouco tão pequeno, mas não pode forçá-lo. É involuntário; não é necessária a ebulição. Não acontece por causa da sua mente; é por causa de todo o seu organismo, de todo o seu corpo.
E em segundo lugar, quando te pões alerta, quando está chegando o espirro - não se pode fazer que venha, mas quando estiver a chegar - , se puser alerta, pode ser que não venha, porque está acrescentando algo novo ao processo: o alerta. Pode ser que desapareça, mas quando o espirro desaparece e está alerta, há uma terceira coisa. Primeiro, um espirro é involuntário. Você acrescenta algo novo: o alerta. A energia que ia ser liberada por meio do espirro, onde vai? Vai ao seu alerta, de repente há um flash, um brilho. Volta-te mais alerta. A energia que ia ser jogada com o espirro fica alerta, e de repente te volta mais alerta.
Nesse flash, nesse brilho, inclusive a iluminação é possível. Por isso digo que estas questões são tão simples, que parecem absurdas. A sua promessa parece ser excessiva.
Com apenas espirrar, como vai se poder iluminar-se? Mas espirrar não é só espirrar; está totalmente comprometido nisso. O que faz ou o que te acontece é uma implicação total. Observa de novo: sempre que acontece um espirro, está totalmente nele com todo o seu corpo, toda a sua mente. Não é só em seu nariz onde está acontecendo o espirro; cada fibra, cada célula do seu corpo está implicada nisso. Um subtil tremor, um subtil estremecimento percorre todo o corpo, e com ele todo o corpo se concentra. E quando o espirro aconteceu, todo o corpo se relaxa. Mas é difícil levar o alerta a isso. Se levar a alerta a isso, não acontecerá, e se acontece pode saber que não havia alerta. Por isso deveria estar alerta.
Ao começo de um espirro..., porque se já começou, não se pode fazer nada. A flecha saiu; já não pode trocar nada. O mecanismo começou. A energia está em caminho de ser liberada; não a pode parar. Pode parar um espirro na metade? Como vais poder pará-lo na metade? Para quando estiver preparado, já aconteceu. Não pode pará-lo na metade.
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