sexta-feira, 4 de junho de 2010

Problemas e Fumo


"Se o seu problema tem uma solução, então não há com que se preocupar. E se o seu problema não tem solução, toda a preocupação será em vão."

O ego não se sente bem, à vontade, com montículos; ele quer montanhas. Mesmo se isso for uma miséria, não deve ser um montículo, deve ser um Evereste. Mesmo que isso seja miserável, o ego não quer ser ordinariamente miserável; ele quer ser extraordinariamente miserável. As pessoas continuam sempre a criar grandes problemas do nada. Eu (Osho) tenho conversado com milhares de pessoas sobre os problemas delas, e realmente não encontrei ainda nenhum problema real! Todos os problemas são falsos – você cria-os, porque sem problemas você sente-se vazio. Não há nada para fazer, nada com que lutar, nenhum lugar para ir. As pessoas vão de um guru para outro, de um mestre para outro, de um psicanalista para outro, de um grupo de encontros para outro, porque se não forem, eles se sentem vazios e subitamente, sentem que a vida é insignificante. Você cria os problemas para que possa sentir que a vida é um grande trabalho, um crescimento, e que você precisa lutar muito. O ego só pode existir quando existe luta, lembre-se disto – quando ele luta. E se lhe digo, - Mate três moscas e você ficará iluminado, você não irá acreditar em mim. Você dirá, - Três moscas? Isso não parece muito. E ficarei iluminado? Isso não parece ser inverossímil. Se eu disser que você terá que matar setecentos leões, é claro que isso parece mais! Quanto maior o problema maior o desafio… E com o desafio surge o seu ego, ele paira nas alturas. Você cria os problemas. Mas eles não existem. Os padres, os psicanalistas e os gurus – eles estão felizes porque todo o negócio deles existe por sua causa. Se você não criar montículos do nada e você não transformar os seus montículos, em montanhas, qual o sentido de gurus lhe ajudarem? Primeiro você precisa estar na condição de ser auxiliado. Os mestres verdadeiros dizem outra coisa. Eles dizem, “Por favor, veja o que você está a fazer, a trapalhada que está a fazer. Primeiro você cria um problema, depois vai em busca da solução. Apenas veja que está a criar o problema, exactamente no princípio, quando você estiver a criar o problema, essa é a solução – não o crie!” Mas isso não lhe agradará porque então você está subitamente a voltar para si mesmo. Nada para fazer? Nada de iluminação? Nada de satori? Nada de samadhi? E você está profundamente cansado, vazio, tentando preencher-se com qualquer coisa.

Você não tem problema nenhum; somente isto precisa de ser entendido. Agora mesmo, você pode deixar todos os seus problemas porque eles são criações suas. Faça uma observação profunda aos seus problemas: quanto mais profundamente você olhar, menores eles parecerão. Continue a olhar para eles e aos poucos, eles começarão a desaparecer. Prossiga olhando e subitamente você descobrirá que há uma vacuidade… Uma bela vacuidade lhe cerca. Nada para fazer, nada para ser, porque você já é isso.

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